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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eu não sei exatamente se é bom ou ruim

Esquecer-me e lembrar-me deste amor

Como quem põe uma roupa para lavar

E veste-a novamente

Carta pra você que eu escrevi só pra mim.

Eu só quero dizer que te amo sem dizer "eu te amo"

Essas três palavras compactam meu amor

E há muito que eu sei o quão pleno ele é


Mas não leias isto, por favor

Ou saberás que meu amor é servil por inteiro

Ou saberás que falta amor no mundo

Porque eu furtei grandes porções e te dei




Eu já não escrevo como antes

As palavras perderam a importância

Nem sei de que lado estou

Eu me esforço debalde

Também não sei o que pode ser aproveitado

Ou o que deve ser jogado fora

Mas desconfio que esses últimos versos

Pertencem apenas a este caderno.

domingo, 17 de abril de 2011

A morte do cangaço

Do chão rachado do sertão
Nasceu o cangaceiro
Que só troca a espingarda da mão
Pelo seio da morena bonita
Se hoje não existe mais cangaço
A culpa é das meninas de outrora
Quando no Nordeste não usavam soutian
E os namorados só se encontravam de manhã
O que era uma tábua, fez-se mamão
E dos homens do cangaço
Ocupou todas as mãos.
Acordo antes do sol
Canto antes do galo
E se a madrugada é minha amiga
Diante da lua eu não me calo