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terça-feira, 28 de junho de 2011

Três estrofes para a vida

Nada me importa
Rima ou simetria
Sob efeitos do álcool
Pensar me dá ânsia

Só penso no mundo
Divido em nações
E no meu coração
Partido em pedaços

Você, que sempre achou
Esse país pequeno
Sabe bem, não é fácil
Amar para quem teve
O coração em retalhos

segunda-feira, 20 de junho de 2011

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Teu verso doce
Quando chega em mim
Já amargou

Me espera
Que fazer sentido
Não é coisa pra mim
Quero é fazer amor

Um ensaio sobre a morte

O grande triunfo da vida é a morte. Pode parecer hipocrisia da minha parte, você deve estar pensando: "se mata, então", mas morrer cedo é como sofrer de ejaculação precoce. Por isso eu espero, prolongo o prazer de viver para o meu próprio deleite.
É engraçado falar da vida como uma fornicação, porque, veja bem, uso termos como se usasse metáfora, mas ela, de fato, é exatamente isso: uma grande orgia. É só sair na rua, ou abrir os olhos, ou mesmo de olhos fechados. As imagens se misturam, se encaixam, roçam umas na outras. Os sons também. O vento roça tua coxa, sussurra sacanagem no teu ouvido. E na escuridão, as sombras não escapam umas das outras.
Morrer é encontrar a transcendentalidade plena: bem aventurados os que perdem a consciência segundos antes de testemunhar que a morte é a perda da própria consciência, mas disso não se deve invejar, todos tem reserva na fila derradeira.

sábado, 4 de junho de 2011

...

Sonhei contigo hoje pra te lembrar

Que mesmo dormindo em outros braços

Os meus sonhos continuam iguais