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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Filosofia e a evolução.


Disseram-me outro dia que é uma inutilidade ou até mesmo uma tolice estudar filosofia, pois quem o faz é preso a conceitos ultrapassados, enquanto o certo é pensar coisas novas que serão facilmente aplicadas à realidade atual. O leigo que disse isso certamente não entende que filosofia não é arte, é ciência. Para seguir as artes existem dois caminhos: Ou o indivíduo nasce com o chamado “dom” ou se dedica à teoria e à prática visando se aproximar da perfeição. Quando se trata de uma ciência, não existe este primeiro caminho citado, restando como única alternativa o acúmulo de conhecimentos.                
Um homem que se dedicasse a matemática somente a partir de suas próprias descobertas, ignorando voluntariamente todo o avanço anterior, jamais chegaria longe, pois teria retrocedido toda evolução intelectual da humanidade. O mesmo se aplica aos químicos, aos físicos e, logicamente, aos filósofos.
Lembro-me bem quando ouvi um dançarino de dança moderna dizer que estudou balé para aprender dança moderna. Ou seja, para os que têm a pretensão de inovar, também é preciso conhecer o clássico. Essa necessidade deve-se ao fato de que toda inovação nada mais é do que uma desconstrução do tradicional.

domingo, 20 de novembro de 2011

Teu rosto é bonito
Mas também é finito
Eu me apaixonei
Foi pelo teu medo da morte.
De que vale o ontem
Se eu vivo o agora
Meu menino, te peço
Não vá embora

Em casa,
Tua mulher espera e chora
Por causa de um amor
Que explora mundo afora

Mas quem sou eu, Nossa Senhora
Pra competir com boemia?
Se, à noite, o marido demora
Arranjo amante n'outro dia
Para quem vive um paradoxo
O banal fez-se exótico.

Boca a boca

Escrevi coisas bonitas
Que amanhã me parecerão bobas
Hoje, é eternamente a tua
Amanhã, serão outras bocas