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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Um ensaio sobre a morte

O grande triunfo da vida é a morte. Pode parecer hipocrisia da minha parte, você deve estar pensando: "se mata, então", mas morrer cedo é como sofrer de ejaculação precoce. Por isso eu espero, prolongo o prazer de viver para o meu próprio deleite.
É engraçado falar da vida como uma fornicação, porque, veja bem, uso termos como se usasse metáfora, mas ela, de fato, é exatamente isso: uma grande orgia. É só sair na rua, ou abrir os olhos, ou mesmo de olhos fechados. As imagens se misturam, se encaixam, roçam umas na outras. Os sons também. O vento roça tua coxa, sussurra sacanagem no teu ouvido. E na escuridão, as sombras não escapam umas das outras.
Morrer é encontrar a transcendentalidade plena: bem aventurados os que perdem a consciência segundos antes de testemunhar que a morte é a perda da própria consciência, mas disso não se deve invejar, todos tem reserva na fila derradeira.

sábado, 4 de junho de 2011

...

Sonhei contigo hoje pra te lembrar

Que mesmo dormindo em outros braços

Os meus sonhos continuam iguais

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Não poder te amar é ser poeta e estar condenado a viver em prosa

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eu não sei exatamente se é bom ou ruim

Esquecer-me e lembrar-me deste amor

Como quem põe uma roupa para lavar

E veste-a novamente

Carta pra você que eu escrevi só pra mim.

Eu só quero dizer que te amo sem dizer "eu te amo"

Essas três palavras compactam meu amor

E há muito que eu sei o quão pleno ele é


Mas não leias isto, por favor

Ou saberás que meu amor é servil por inteiro

Ou saberás que falta amor no mundo

Porque eu furtei grandes porções e te dei