Questionar minha sanidade
Faz de mim menos insano
Nesse batuque em desalento
Alívio demais sufoca
Loucos de verdade não o fazem
Putas, que de fato são, não o sentem
São as almas prostituídas
São corpos em conserva
Do contrário, num gozo
O corpo perece
E geme uma poesia
Que anuncia a vida
Como um longo sonho erótico
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Morrer de medo
Postado por
Brisa
Todo dinheiro depositado
Domingos na missa
Rotina de esposa submissa
Teus filhos bem criados
Pelas criadas pós-graduadas
Agora se reduzem ao esquecimento
Os netos dos teus netos
Confundem genealogia com genecologia
E não se interessam sequer pelo teu nome
Maria, Carla, Cláudia, Rita, Rosa
Existem muitas, existirão mais
E outras que não existem mais
A vida, afinal, é para o vivos
Você é a lápide onde jaz
Domingos na missa
Rotina de esposa submissa
Teus filhos bem criados
Pelas criadas pós-graduadas
Agora se reduzem ao esquecimento
Os netos dos teus netos
Confundem genealogia com genecologia
E não se interessam sequer pelo teu nome
Maria, Carla, Cláudia, Rita, Rosa
Existem muitas, existirão mais
E outras que não existem mais
A vida, afinal, é para o vivos
Você é a lápide onde jaz
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Sem sentido ou cem sentidos.
Postado por
Brisa
Eu sei, morena
Por um sexto sentido
Que tu me quer
Balançando essa saia de chita
Sentido horário, anti-horário
É sexta-feira, se excita
Sinta só, só sinta
Que dois sentidos
Não assam milho
Já dizia Seu Fulado
Fecha os olhos, então
Gato mia
Quero ser teu, ser tido
Sol sustenido
Que nesse descompasso
Desafino e desatino
Por um sexto sentido
Que tu me quer
Balançando essa saia de chita
Sentido horário, anti-horário
É sexta-feira, se excita
Sinta só, só sinta
Que dois sentidos
Não assam milho
Já dizia Seu Fulado
Fecha os olhos, então
Gato mia
Quero ser teu, ser tido
Sol sustenido
Que nesse descompasso
Desafino e desatino
Postado por
Brisa
No futuro dirão de um tempo
Em que todo louco era poeta
As sarjetas eram charmosas
Durante as madrugadas
E os velhos choravam a morte
De todas as moças mortas
Um tempo em que arte era ilusão
Aos olhos de um povo desiludido
E quem cantasse outro refrão
Arriscava ser engolido
Pelas mil quimeras de um nação
Que dormia no tempo decorrido
Em que todo louco era poeta
As sarjetas eram charmosas
Durante as madrugadas
E os velhos choravam a morte
De todas as moças mortas
Um tempo em que arte era ilusão
Aos olhos de um povo desiludido
E quem cantasse outro refrão
Arriscava ser engolido
Pelas mil quimeras de um nação
Que dormia no tempo decorrido
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Filosofia e a evolução.
Postado por
Brisa
Disseram-me outro dia que é uma inutilidade ou até mesmo uma tolice estudar filosofia, pois quem o faz é preso a conceitos ultrapassados, enquanto o certo é pensar coisas novas que serão facilmente aplicadas à realidade atual. O leigo que disse isso certamente não entende que filosofia não é arte, é ciência. Para seguir as artes existem dois caminhos: Ou o indivíduo nasce com o chamado “dom” ou se dedica à teoria e à prática visando se aproximar da perfeição. Quando se trata de uma ciência, não existe este primeiro caminho citado, restando como única alternativa o acúmulo de conhecimentos.
Um homem que se dedicasse a matemática somente a partir de suas próprias descobertas, ignorando voluntariamente todo o avanço anterior, jamais chegaria longe, pois teria retrocedido toda evolução intelectual da humanidade. O mesmo se aplica aos químicos, aos físicos e, logicamente, aos filósofos.
Lembro-me bem quando ouvi um dançarino de dança moderna dizer que estudou balé para aprender dança moderna. Ou seja, para os que têm a pretensão de inovar, também é preciso conhecer o clássico. Essa necessidade deve-se ao fato de que toda inovação nada mais é do que uma desconstrução do tradicional.