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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Confissões de um coração ateu

Quando eu era criança e fazia maquete de fazendinha pra brincar a tarde inteira, eu cheguei a conclusão de que o mundo era uma maquete igual à minha, só que em um proporção muito maior, onde deus - ou seja lá como você o chama – fazia conosco o que bem queria e às vezes satanás aparecia pra sacanear com ele. Que droga, eu pensava, tudo que eu faço é porque deus quer, eu não tenho livre arbítrio, eu brinco de fazendinha toda tarde porque deus decidiu e quando eu não quiser mais fazer isso, é porque deus decidiu antes de mim. Isso fazia eu me sentir angustiada e me sentir angustiada por causa disso fazia eu me sentir completamente doida. Foi então que eu resolvi – eu, não deus – acreditar na não existência de deus. Mas e se deus existisse? E se eu fosse pro inferno? Eu não queria queimar eternamente, mas se tudo que dizem por aí é verdade, o céu também é um lugar chato pra cacete.

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